23 de jun. de 2008

Nirvana - Nevermind

Ano: 1991
Gravadora: Geffen Records


Ergam o som e soltem seus cabelos. Nirvana, a criadora e maior representante do grunge de todos os tempos. No vocal, um homem que carrega lendas, Kurt Coiban participa dos ditos "dead at 27"(morto aos 27), junto com outros grandes, como Jimi Hendrix, Jim Morrison, Janis Joplin e Brian Jones, pra citar alguns, mesmo sem ter J em seu nome. A versão oficial de sua morte foi que ele teve um dos suicídios mais rock'n'roll possível, um tiro de 12 na boca. Bem, que isso aconteceu não há duvidas, as lendas geram em torno de quem puxou o gatilho. Existe um livro acusando sua namorada, Courtney Love, de seu assassinato. O que daria força a essa teoria é que com a quantidade de heroína que foi encontrada com ele, Kurt não teria forças para fazer tal ato. Bem, pelo menos até onde é oficial nessa história, Kurt teria se matado por não agüentar o peso da fama. Kurt se tornou um simbolo tão forte que ainda existem lendas que mais de 50 jovens também teriam cometido suicídio quando ele o fez, muitos ainda imitando até mesmo o método, 12 na boca.
Dentre as obras do Nirvana, com certeza Nevermind se destaca. Ainda em 1991, vendeu mais de 2 milhões de cópias, e chegou ao topo da parada Billboard com a música Smell Like Teen Spirit, desbancando o rei do pop Michael Jackson. Nevermind é o disco com os maiores clássicos do Nirvana, como por exemplo Smell Like Teen Spirit, Come as you are, Lithium, Polly e Something in the Way. Um disco que fez história, até hoje qualquer aprendiz de violão aprende ainda nas suas primeiras notas Smell Like Teen Spirit e o baixo de Come As You Are, a grande maioria ainda aprende Polly também.
O disco então começa com seu maior sucesso, Smell Like Teen Spirit. Provavelmente a música grunge mais famosa de todos os tempos, até Cássia Eller cantou. Desde a guitarra sem distorção que começa a música até o simples solo, a música empolga, até hoje não vi alguém que não mecha a cabeça escutando. Diz a lenda que Kurt escolheu o nome da música quando, drogado em seu quarto, olhou para o lado e viu seu perfume "Teen Spirit". A música na sua maior parte tem apenas o baixo e a bateria, com duas notas de guitarra por compasso, guitarra essa que fica constante depois, como uma preparação para o refrão, onde ela entra com tudo. Ainda pra ajudar, Kurt se entrega totalmente no refrão, a perceptível empolgação dele é o que da o feeling. O solo é simples - bem diferente do que Kurt parece fazer no clipe - mas é perfeito para a música. Entre detalhes assim, esse com certeza não é apenas o ponto alto do disco, mas de toda carreira do Nirvana.
In Bloom também poderia entrar na lista dos maiores clássicos do Nirvana, mas a lista ficaria muito longa se for considerar todas as músicas de igual importância a essa. A música trás um feeling mais "down" que a primeira. O solo é extremamente distorcido, dando bem a entender o que é a música. Bateria muito presente, marca bem no feeling.
Então, o baixo mais tocado de todos os tempos, Come as you are, que até Caetano Velozo arriscou um cover. Tem a mesma formula da primeira do disco, com a guitarra só bem presente no refrão, mas o feeling não é empolgante com tal, mas de uma arte incomparável.
Breed é marcada pelo baixo meio distorcido, muito presente. Devolve um pouco de empolgação ao disco. Então, outro clássico, Lithium. O feeling - que é muito forte - dessa música te da vontade de quebrar coisas, mais ainda que as anteriores. Destaque para o baixo também na música. Esse "Yeah Yeah Yeah" todo ou te acalma ou te deixa ainda mais com raiva.
Então, um violão. Polly contém apenas um violão e o baixo que não se destaca tanto. Pra não falar que não ta lá, tem 3 batidas no prato da bateria. O que é meio estranho nessa música é que, ela é o tipo de música de se escutar sentado, pra relaxar. Não é o perfil do Nirvana, mas é ótima, um dos destaques do disco.
Territorial Pissings lembra bem o que foi o Hardcore nos anos 90, antes de se perder, mas sem perder a identidade grunge. Música agressiva, com uma bateria rápida e um vocal bem gritado.
Drain You tem um vocal mais limpo(não totalmente limpo, coisa inexistente no Nirvana), uma guitarra com um bom peso e uma boa bateria. Destaque para o baixo de novo em Lounge Act, uma música média no álbum, mas se tratando de Nevermind isso quer dizer muito, assim como StayAway, que tem as mesmas características, com algumas diferenças criticas, como o vocal. Essas duas são músicas bem produzidas, coisa muito mais perceptível que nas outras do disco. On a Plain é mais um bom grunge no disco, boa guitarra e bom vocal.
E é aí que o violão volta, na música mais "depressiva" do disco. Something in the way tem um feeling bem pesado, como uma "bad trip". Tem a presença de um violoncelo, que dá um toque especial na música.
Em algumas versões do disco(como a que está disponível para download) ainda conta com Endless, Nameless. Um grouge bem pesado, com guitarra, baixo e bateria bem pesados e um vocal bem gritado no começo da música, o que alterna com uma coisa mais limpa. Parece com o que o Nirvana fazia nos finais de shows antes de quebrarem todos os equipamentos.
Nirvana se tornou um marco da música dos anos 90, sendo apontada diversas vezes como a maior representante do rock dessa década, que foi decadente. Os anos 90 foram um veneno pra música como um todo, mas ainda tem coisas como esse disco para nos dar boas lembranças.


Baixe: Nirvana - Nevermind

Um comentário:

Leonardo Valesi Valente disse...

oi Edson!!!
conferi seu blog, ele é nota 10 sim, para quem curte rock, estilo mais pesadão.
acho válida a escolha das imagens, a cor e também sua linguagem.
desejo boa produção por aqui, está bem?
valeu aí...
leonardo.