12 de jun. de 2008

Pink Floyd - Piper At The Gates Of Down

Ano: 1967
Gravarora: Columbia/EMI

Genial. Para ouvidos destreinados, pode parecer música de drogados. Bem, é. Syd Barret, fundador e o então líder do PF era mais doido que a Lucy no céu com diamantes, e ele passa isso no disco. Porém, o que é o PF se não psicodelia? De fato não é um disco para um jantar romântico para o dia dos namorados, a não ser que ao invés de frutos do mar, coma cogumelos. Daí é ideal. Mas se você só quer deitar e viajar, eis o disco.
O disco não poderia começar melhor, Astronomy Domine já mostra bem o que vem por aí. Te leva mesmo ao espaço, parece trilha sonora dos antigos filmes futuristas. Todos aqueles ecos e sons do espaço futurista do passado...
Já seguida por aquela que talvez seja a melhor música do disco, Lucifer Sam. Música marcante, com uma letra cheia de referências que você nunca descobriria sozinho (a começar pelo nome, Lucifer Sam era o gato do cara que morava com ele), como quase toda do insubstituível Crazy Diamond. Passa um feeling de agitação, parece música do batman...
Matilda Mother é uma música interessante. A psicodelia do teclado é bem marcante, assim como as "segundas vozes" na música. Psicodelia, sem mais.
Não desmerecendo as 3 próximas músicas, que são ótimas e únicas no disco, mas vamos direto a Interstellar Overdrive. Música instrumental, uma overdose. Feita pra sua cabeça explodir. Parece uma simples continuação das músicas anteriores, mas vira uma psicodelia sem tamanho. Dizem que se ouvir depois de tomar remédios fortes, da pira. Eu não duvido. No PF sempre gostaram de imitar outros sons nos instrumentos, e é isso que fazem aqui também, fazem você se sentir numa Sputinik a caminho de uma galaxia distante. Difícil falar, é puro feeling e psicodelias...
Em The Gnome, tudo muda. Conta a simples história de um gnomo, um violão bem mais calmo. Uma música daquelas que te da vontade de pegar o violão e tocar, fazer sua própria versão.
Chapter 24 e Scarecrow ainda continuam no feeling mais calmo do "The Gnome". Histórias simples em músicas simples. Coisa bem hippie, te faz ver coisas coloridas. A lucy no céu com diamantes adora...
Enfim, o fim. Bike ainda que mais "feliz" que as 3 últimas, ainda não foge muito do estilo. Uma música bem melhor produzida do que se imaginaria pra jovens como os do PF, ainda mais liderados pelo Crazy Diamond, que fez por merecer esse nome. Tem quebras no compasso que deixam tudo... simplesmente lindo. Assim como todo o disco, lindo. Termina com sons psicodélicos de uma... Bicicleta. Faz sentido, não?


Enfim, o texto foi grande porque é o primeiro. Serei mais sucinto nas próximas. E curtam o disco, vale a pena:

Baixe: Pink Floyd - Piper At The Gates Of Down

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